Na hora tão esperada de furar o bracinho, também precisamos saber sobre a interação entre o que usamos e a vacina. Afinal, existem riscos para os maconhistas? Venha saber aqui!
Atualmente, o sonho de qualquer brasileiro é uma picadinha no braço. A realidade pode parecer bem distante de alguns, ainda mais jovens, no país do Zé Gotinha – mas, com os grupos de risco começando a se vacinar, surgem várias dúvidas sobre o que pode afetar a eficácia das vacinas para prevenir o Coronavírus 19. Hábitos como o uso de substâncias, desde o álcool até a cannabis, também estão gerando cada vez mais perguntas pela internet.
Afinal, é seguro continuar consumindo cannabis antes ou depois de tomar a vacina?
Para responder essa questão, fizemos nossa pesquisa e trouxemos vários dados que podem ajudar você a tomar sua decisão – de continuar ou não usando cannabis neste período – de forma 100% consciente.
Vamos lá?
Primeiro: o que saber sobre a vacina
AstraZeneca, CoronaVac, Covaxin… diferentes tipos de vacinas são fabricados usando tecnologias e compostos diferentes. Mas qual delas é a melhor? Bom, a vacina ideal é qualquer uma que seja segura e eficaz. Outras características incluem número de doses, estabilidade térmica e a natureza e persistência das respostas imunológicas. Mas, na nossa situação, não temos muita escolha além de tomar ou não tomar.
Tomar a vacina é uma decisão que vai além da esfera pessoal e atinge o coletivo. A atitude pode desafogar o nosso Sistema Único de Saúde (SUS), que hoje está sobrecarregado com a falta de leitos e insumos para tratar os infectados. Por isso, nessa hora, é para deixar o negacionismo de lado, parar de se informar pelas redes sociais e buscar informações seguras nos órgãos de saúde – tanto locais como globais.
Outra questão muito frequente é sobre a segurança das vacinas, criadas a pouco tempo para conter a disseminação do vírus em todos os países. De acordo com a organização Médicos Sem Fronteiras, não há com o que se preocupar: a segurança das vacinas licenciadas é semelhante a outras vacinas conhecidas e amplamente utilizadas (como as vacinas do vírus da gripe, atualizadas todos os anos).
Tradicionalmente, o desenvolvimento de uma vacina pode levar até dez anos. Em caso de emergência, desde que haja apoio financeiro suficiente disponível, o processo pode ser acelerado. Neste caso, os resultados dos ensaios clínicos são avaliados de acordo com os mesmos padrões e importantes etapas de segurança não são omitidas, mas o processo é realizado de forma mais rápida e eficiente. Por exemplo, realizando várias fases do ensaio clínico ao mesmo tempo, em vez de um após o outro; reduzindo o tempo de espera para preencher a papelada; e envio de dados assim que estiverem disponíveis. Os avanços em biotecnologia estão permitindo uma fabricação mais rápida para as fases de teste, mas ainda não em grande escala.
E a interação da vacina com a cannabis?
Você pode ter ouvido falar da ação #JointsForJabs, feita em Nova York para incentivar a vacinação contra a Covid-19. Nela, os ativistas ofereceram baseados para quem foi se vacinar – incentivando a galera canábica a se proteger e participar da campanha de imunização.
Mas é seguro o consumo de cannabis antes ou depois da vacina?
Segundo a ImunizeBC, a vacina Covid-19 é segura para quem usa cannabis. Entretanto, a recomendação é não usar logo antes de tomar a vacina – isso porque o profissional de saúde precisa do seu consentimento informado antes de administrá-la. A maconha pode diminuir sua capacidade de entender totalmente as informações de saúde e fazer perguntas.
Não há estudos sobre o uso de cannabis e a eficácia das vacinas Covid-19. Há evidências emergentes que sugerem que fumar qualquer tipo de erva pode ter consequências negativas no sistema respiratório e na competência imunológica de uma pessoa e, por isso, é ainda mais importante tomar a vacina.
Especializada em doenças infecciosas pela Stanford Health, Dr. Anne Liu destaca que a chave é moderar o consumo. Como a cannabis pode ser consumida de várias maneiras, desde em comestíveis até a vaporização, é preferível que você utilize ela de outras formas que não sejam o baseado.
Segundo Liu, fumar tem efeitos específicos nos vasos sanguíneos e no sistema cardiovascular. O que não é necessariamente o caso com outros vírus respiratórios e tem sido claramente o caso com a Covid é que as pessoas com distúrbios dos vasos sanguíneos e do sistema cardiovascular correm um risco muito maior de complicações com a doença.
Consumir maconha de outras formas que não seja fumar, é improvável que afete a resposta imunológica à vacina. Entretanto, é possível, no entanto, que a maconha ou o vinho possam agravar quaisquer efeitos colaterais da vacina, como dor de cabeça, náusea ou dor, então isso é algo a ter em atenção. Por isso, saiba o que você está utilizando e prefira strains que diminuam esses sintomas.
A cannabis pode ajudar quem está com Covid?
Desde o início da pandemia, essa pergunta foi uma constante, e muita gente acreditava que a cannabis poderia até mesmo curar o Coronavírus. Mas é preciso ter cuidado com essas informações: como já dissemos antes aqui no blog, não é o ato de fumar maconha que vai prevenir ou curar uma pessoa infectada com Covid-19. Entretanto, existem pesquisas interessantes para acompanhar sobre o assunto.
Por exemplo: pesquisadores nos Estados Unidos conduziram um estudo que mostra que um composto da planta de cannabis inibiu a infecção com síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) em células pulmonares humanas.
Marsha Rosner, da University of Chicago, em Illinois, e seus colegas descobriram que o canabidiol (CBD) e seu metabólito 7-OH-CBD bloquearam potentemente a replicação do SARS-CoV-2 nas células epiteliais do pulmão. O CBD inibiu a expressão do gene viral e reverteu muitos dos efeitos do vírus na transcrição do gene do hospedeiro.
O composto também induziu a expressão de interferons – proteínas de sinalização celular que são produzidas pelas células hospedeiras como uma resposta precoce à invasão viral.
Além disso, a incidência de infecção por SARS-CoV-2 foi menor em uma coorte de pacientes que estavam tomando CBD, em comparação com pacientes que não estavam tomando CBD.
Nossas dicas de RD
Não seria a gente se não tivesse um pouco mais de Redução de Danos nesse post, né? Como nos preocupamos com vocês, resolvemos fazer um resumo de cuidados preciosos nestes tempos de pandemia – além do básico máscara + higienização das mãos.
1) Fique de olho na agenda de vacinação da sua cidade e estado. Cada localidade está usando critérios diferentes na hora de vacinar pessoas de grupos de risco, como trabalhadores essenciais e pessoas com comorbidades. Não perca sua chance e vá o mais rápido possível. A vacina é um DIREITO seu.
2) Sim, a gente sabe, tá todo mundo cansado de ficar em casa. Mas evitar aglomerações desnecessárias é jogar pelo time. Com hospitais lotados e falta de medicação, a melhor pedida é não arriscar sua saúde e a das pessoas ao seu redor. Haja terapia, mas garantimos: dá pra segurar mais um pouco.
3) Espalhe a palavra da PFF2. Elas podem ser mais caras ou mais baratas, dependendo do lugar onde você vive, mas, se você puder aposentar as máscaras de pano e trocar para esses modelos mais reforçados, faça. Avise seus familiares e amigos para fazerem o mesmo. As novas cepas da doença estão cada vez mais contagiosas e perigosas.
4) Se puder, use estratégias para fumar menos. Fazer comestíveis ou apostar em óleos full spectrum pode ajudar muito a proteger os seus pulmões dos danos provocados pela fumaça quente do beck. Mas, se a saudade de enrolar um bater, lembre-se de usar uma piteira longa e filtro.
E aí, gostaram dessas dicas? Vamos nos proteger e valorizar o SUS?
Se você já se vacinou, conta aqui pra gente a experiência.
Adorei! Sempre com conteúdos atualizados e rico em informação!
Viva o SUS! Fora Bozo!!
Bora!
Amei o post, mt obrigado! adorei o site
queria saber era se depois de quanto tempo posso fumar um beck depois da vacina
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