Existem três fatores-chave para um bom rosin: temperatura, tempo e pressão. Hoje, vamos falar sobre as temperaturas perfeitas para fazer um bom rosin de flor ou hash. Vem saber!
O rosin é uma extração incrível: sua técnica permite que a resina de uma planta passe por dupla filtragem, o que retira impurezas de um material não tão limpo e deixa apenas o que nos interessa. Para isso, ele precisa ser bem feito, e uma tríade de fatores precisa estar em perfeito equilíbrio — temperatura, tempo e pressão.
Mas existe apenas uma temperatura ideal para fazer rosin?
A verdade é que isso depende de alguns pontos. Primeiro, o material que você está usando vai determinar a abordagem, que é diferente em rosin de flor e de hash. E, em segundo lugar, depende do que você deseja. Mais qualidade e menos rendimento? Mais rendimento e menos qualidade? É uma escolha sua.
Aqui, vamos falar sobre algumas técnicas de prensagem, as diferentes temperaturas usadas e suas variações dependendo do material e do resultado que você deseja.
Vamos lá!
Prensagem a quente e prensagem a frio
A temperatura não é tão simples assim: existem diferentes tipos de técnicas que irão determinar uma faixa ideal de temperatura para seu rosin. As mais conhecidas e difundidas por aí são a prensagem a quente e a prensagem a frio:
- As temperaturas para prensagem a frio normalmente ficam entre 54°C (130 F) e 76°C (170 F).
- Na prensagem a quente, a temperatura geralmente varia entre 76°C (170 F) e 104°C (220 F).
- Para a grande maioria das extrações, você permanecerá dentro dessa faixa de temperatura de 54°C e 104°C.
E quais as diferenças nos resultados?
A prensagem a frio normalmente vai resultar em um produto com consistência de manteiga ou massa. A técnica é ótima para preservar seus preciosos terpenos e canabinoides. Por outro lado, temperaturas mais frias podem resultar em um rendimento mais modesto, especialmente quando você está trabalhando com flores. Essa abordagem geralmente funciona melhor quando se tem um material inicial de muita qualidade, como bubble hash ou um dry sift bem limpinho.
Já a prensagem a quente resulta em uma consistência oleosa ou quebradiça — ou mais suave e cremosa em uma faixa de 82°C (180 F) a 93°C (200 F). A preservação de terpenos é um pouco menor, mas boa, desde que você respeite o limite dos 104°C. Ela é recomendada para flores e dry sift mais sujo, e requer menos tempo de prensagem. Ainda assim, pode resultar em um maior rendimento.
Essas faixas de temperatura são diretrizes gerais, e cada um encontra a sua temperatura perfeita a partir de diferentes testes, levando em conta suas preferências pessoais — tanto de trabalho quanto de consumo. Então, nossa dica é: experimente diferentes temperaturas para cada tipo de material e descubra o que funciona melhor para você.
É importante lembrar que a temperatura é apenas um dos fatores. A questão mais importante aqui é o seu material de origem: uma planta rica em tricomas e bem fresca, ou uma extração de alta qualidade, têm muito mais chances de gerar um rosin gostoso.
A qualidade que entra é a qualidade que sai, sempre.
Posso usar temperaturas mais altas na prensa de rosin?
A maioria das prensas profissionais chega a temperaturas de até 148°C, ou 300 F. Embora essas altas temperaturas não sejam as melhores para o rosin, há certos casos em que elas podem ajudar — como nas separações de THCA em estágio avançado.
O THCA é a forma ácida do THC, e já falamos por aqui pelo blog sobre seus benefícios terapêuticos, que incluem alívio de dores e inflamações. Uma prensa de resina de boa qualidade pode ser usada para criar diamantes THCA sem solvente, mas isso é uma outra história.
Agora, para rosin, não recomendamos chegar ao limite de temperatura. Ah, e você não precisa usar uma prensa profissional. Até mesmo uma chapinha de cabelo com controle de temperatura pode dar conta do recado se você deseja fazer rosin em casa.
Como a temperatura muda a tonalidade do rosin?
Se as tonalidades mais claras forem um fator importante para você, manter as temperaturas mais baixas é o ideal. Quando a resina é exposta a altas temperaturas por um tempo mais longo, o material tende a escurecer, além de perder terpenos.
Hoje, principalmente no mercado legal, os consumidores exigentes procuram aquele tom dourado e translúcido que é comum em extrações de alta qualidade. Para obter esse tom, você precisará usar material fresco e de alta qualidade, como bubble hash, e usar a técnica de prensagem a frio.
Mas, como sempre falamos, a coloração não é um indicativo de perda de qualidade na grande maioria das vezes. Deixar de consumir um rosin por sua coloração pode ser uma das maiores burradas da sua vida!
Temperatura e degradação
Existem dados bastante contundentes sobre a relação entre altas temperaturas e a degradação dos terpenos e canabinoides — mas principalmente dos terpenos.
Os terpenos mais voláteis começarão a se degradar em temperaturas tão baixas quanto 21°C, e esse é um dos maiores motivos pelo aumento da produção de ice water hash com fresh frozen (ou seja, a planta viva congelada). Até 95% dos terpenos podem ser perdidos durante o processo de secagem e cura, mas o processo de congelamento preserva esses terpenos e a essência viva da planta.
Dá uma olhada:
Esses pontos de ebulição podem parecer altos, mas o negócio é que a maioria dos terpenos começa a se degradar bem antes de chegar no ponto de ebulição. É por isso que você deve prestar muita atenção às suas temperaturas de prensagem se a preservação do de terpenos for uma prioridade. Normalmente, se você está prensando um ice bem terpenado, não faz sentido colocar tanta temperatura.
Além disso, lembre-se de que cada tipo de maconha conta com um perfil de terpenos diferente e, por isso, sofrerão efeitos diferentes quando expostas a altas temperaturas.
Distribuição de calor na prensa
Mesmo que suas configurações de temperatura sejam ideais, você pode acabar com uma extração de resina de baixa qualidade se sua prensa não tiver uma boa distribuição de calor. As altas temperaturas derretem as cabeças dos tricomas, reduzindo assim a viscosidade da sua resina. A pressão das placas aquecidas mobiliza os canabinoides e os empurra para fora da bolsa de filtragem.
Se você tiver temperaturas inconsistentes na superfície de suas placas, acabará com várias texturas e uma extração pouco uniforme. Isso com certeza pode comprometer a qualidade do seu produto.
Uma temperatura uniforme garante uma boa textura e um bom fluxo de resina, mas pontos frios farão com que esse flow diminua. Isso significa que você vai precisar de tempos de prensagem mais longos e terá uma maior degradação de terpenos. Em casos extremos, essas diferenças em temperatura podem até fazer sua bolsa de filtragem estourar, contaminando seu material e fazendo uma bagunça.
A temperatura ideal para prensar a resina
Com tantas variáveis a considerar, pode ser difícil encontrar o ponto ideal em termos de temperatura. Mas, em termos gerais, depois de todas essas explicações, podemos indicar:
Nesta faixa, geralmente você consegue um equilíbrio ideal de qualidade e rendimento. A perda de terpenos é mínima e você ainda pode ter um rendimento legal e viável. A partir disso, faça seus próprios testes, anote e compare resultados, até chegar na sua fórmula mágica. Cada hash maker costuma ter a sua, e é o que faz cada extração ser única — mesmo vindas de cepas iguais.
E aí, curtiu essas informações? A gente espera que elas ajudem bastante na sua busca pela extração perfeita! Se você tem uma fórmula mágica que gostaria de compartilhar ou outras dicas para quem tá começando, é só comentar ali embaixo. E não esqueça de nos seguir lá no Instagram @girlsingreen710, onde falamos sobre haxixe, concentrados e muitos outros assuntos interessantes.
Até a próxima!