A Redução de Danos traz uma visão de cuidado e compaixão com as pessoas. Vamos trazer algumas estratégias e dicas para um uso de cannabis mais seguro e consciente!
Estamos muito felizes de apresentar essa colaboração de coletivos incríveis, que se uniram para dividir um pouco de arte com auto cuidado para vocês!
A partir de hoje, postaremos toda quarta-feira um série de estratégias de cuidado e redução de danos – reunidas por nós, do Girls in Green, em conjunto com as Mulheres Cannábicas, e ilustradas pela @apppcompany, que é dessas coisas bem maravilhosas também.
O que é Redução de Danos?
Redução de Danos pode ter algumas definições, uma definição conceitual e estrita seria que a Redução de Danos “é uma política de saúde que se propõe a reduzir os prejuízos de natureza biológica, social e econômica do uso de drogas, pautada no respeito ao indivíduo e no seu direito de consumir drogas”, porém Redução de Danos é muito mais amplo do que isso.
Redução de Danos é uma forma de pensar em drogas, que se na contracorrente do proibicionismo. É uma política social e também uma estratégia de saúde pública. A grande questão é que é uma forma de pensar que visa minimizar os riscos e os efeitos negativos do consumo de drogas, e de qualquer dano ao indivíduo na produção, uso ou aquisição de uma substância.
A estratégia “afirma a autonomia, o diálogo e os direitos da pessoas que fazem uso de substâncias psicoativas, sem recorrer a julgamentos morais ou práticas criminalizadoras e punitivas”. A Redução de Danos (RD) parte do pressuposto de que o uso de drogas vai existir, mas que vale a pena informar a sociedade e buscar oferecer meios para que os usuários possam reduzir os riscos aos quais se expõem ao consumi-las. É reconhecido que cada indivíduo tem particularidades e que cada estratégia de RD funciona de maneira diferente com cada um. A abstinência nunca é pré-requisito para as políticas de drogas propostas pela RD.
O nosso projeto é pautado na Redução de Danos, pois acreditamos que podemos compartilhar a nossa experiência, uma seleção de conteúdos didáticos sobre cannabis e outras substâncias, para que os nosso leitores possam ter informações o suficiente para tomar decisões mais seguras.
Vale lembrar a RD em nada se assemelha a apologia às drogas. Dividimos informações com usuários que, em sua autonomia, já escolheram fazer o uso de substâncias.
Nosso trabalho é fazer APOLOGIA AO CUIDADO e tentar minimizar os possíveis riscos de tal consumo com informações adicionais!
Redução de Danos no uso de cannabis
Nós, desde o começo desse projeto, compartilhamos estratégias de redução de danos (RD) voltadas para o consumo de cannabis, mas sempre é bom relembrar que existem várias formas de fazer um uso mais seguro. Cada um se adapta para a forma de consumo que melhor funciona para si. A redução de danos valoriza a subjetividade.
A forma do consumo da cannabis pode ser menos nociva se a maconha for vaporizada do que fumada. Isso porque a erva não passa pelo processo de combustão. Além disso, os canabinóides, através do vapor, são absorvidos com muito mais eficácia. É importante estar atento à qualidade e à possibilidade de regular temperaturas, caso queira comprar um.
A gente sempre fala bastante do uso de PITEIRAS LONGAS. O uso de piteiras, principalmente feitas de vidro, bambu e cerâmica, auxiliam no processo de resfriação da fumaça e portanto, protegem mais a nossa garganta e pulmões da fumaça. A piteira também filtra impurezas e toxinas presentes no baseado, principalmente os misturados com tabaco.
O uso de BONGS também é uma forma de reduzir danos!
Para enrolar os baseados, procurem usar papéis finos, sem corantes, aromas ou químicos. Evite “maricas” e cachimbos feitos com materiais que podem soltar toxinas quando aquecidos, tipo a madeira ou plástico.
Coluna sobre Redução de Danos
Agora temos uma coluna apenas para isso! Quarta, às quatro e vinte, vai ser o dia perfeito para vocês trocarem a ideia com a nossa amiga Flor!
Que tal descobrir um pouco mais sobre redução de danos e como as estratégias funcionam? Acompanhe a gente todas as quartas!
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FONTES
Livros impressos
Tarcisio Matos de Andrade; LURIE, P.; MEDINA, M.G. et al. The opening of south america´s first needle exchange program and an epidemic of crack use in Salvador, Bahia-Brazil. AIDS and Behavior, San Diego, vol. 5, p. 51-64, mar, 2001.
Portais oficiais
Conselho Federal de Psicologia