Um dos analgésicos mais poderosos e antigos do mundo, o ópio já causou até guerra. Hoje, sua versão sintética e as políticas proibicionistas são responsáveis por uma enorme crise na América do Norte. Não tá ligado nisso? Vem descobrir tudo sobre o tema com a gente.
Existem notícias que são incrivelmente difíceis de receber, entender e digerir. Para mim, a morte do músico americano Mac Miller foi exatamente uma dessas. Até hoje é estranho ouvir os álbuns que me levam para outros lugares e pensar que ele não vai mais estar aqui, não vai fazer mais shows e nem lançar mais discos incríveis, como sempre fez. Segundo a imprensa, ele teve uma overdose ao usar, dentre outras substâncias, o fentanil – opiáceo sintético que pode ser cinquenta vezes mais forte do que a heroína. Mais um dos frutos do proibicionismo.
E isso foi tão marcante na minha vida que fez todo o sentido descobrir a Redução de Danos, e entender como milhares de pessoas trabalham com políticas do cuidado para diminuir a incidência de eventos como esse.
O ópio e seus derivados têm uma enorme importância para a ciência, e são, desde a antiguidade, potentes analgésicos usados pelos mais diversos povos em suas rotinas. Mas, assim como qualquer droga, seu uso requer inúmeros cuidados e pode acabar se tornando problemático. Nos Estados Unidos, o conceito de crise de overdoses surgiu: em 2018, todos os dias, 128 pessoas morreram em decorrência da overdose da substância.
Como a gente já sabe, o primeiro passo para reduzir danos é trazer informações e criar vínculos. Por isso, estamos aqui para debater esses temas de forma aberta e não estigmatizada com vocês. Aqui no site, nós não fazemos nenhum tipo de apologia ao uso de qualquer substância potencialmente perigosa, apenas acreditamos que trazer dados reais e livres de tabus pode ser uma forma de salvar vidas, bem como abrir os olhos para os maiores riscos de cada situação. Aqui, fazemos a apologia ao cuidado.
Afinal, o que é o ópio e quais são seus principais derivados? E a heroína? Quais são seus efeitos e quais riscos eles podem trazer para o organismo? E como países onde sua utilização é comum estão lidando com cada vez mais usuários em situação de risco? E a maconha? O que ela tem a ver com isso? Aqui nesse post, vamos mostrar tudo o que encontramos sobre esse assunto após muita pesquisa!
Vem com a gente!

O que é o ópio e de onde ele vem?
O ópio é uma substância encontrada no látex seco da vagem da semente de uma espécie de papoula (Papaver somniferum). Tradicionalmente, a vagem não amadurecida é cortada e a seiva escorre e seca na superfície externa da vagem. O látex marrom-amarelado resultante, que é raspado da vagem, tem sabor amargo e contém quantidades variáveis de alcaloides, como morfina, codeína, tebaína e papaverina.
Essa extração já é conhecida e feita há muitos e muitos anos, desde aproximadamente 3400 a.C., quando os primeiros registros de seu cultivo e uso foram encontrados. Na Grécia e na Roma antigas, o ópio foi usado como um potente analgésico. No sudeste da Ásia também, e lá esse tipo de papoula ficou conhecida como “planta da alegria”, ou Hul Gil, pelos sumérios.
Os assírios e egípcios também cultivavam o ópio, e ele viajava ao longo da Rota da Seda (uma série de rotas de viagem) entre a Europa e a China, que estiveram envolvidas no início das Guerras do Ópio no século XIX. Os antros de ópio eram lugares onde o ópio podia ser comprado e vendido, e também eram encontrados em todo o mundo, especialmente no sudeste da Ásia, China e Europa. Inclusive, se você já leu os livros de Sir Arthur Conan Doyle, deve saber que o investigador Sherlock Holmes frequentou esses ambientes em algumas histórias.
Nos EUA em 1800, antros de ópio surgiram no oeste, como na Chinatown de São Francisco, e se espalharam para o leste até Nova York. Os imigrantes chineses que vinham para os Estados Unidos em busca de ferrovias e do trabalho na corrida do ouro costumavam levar seu ópio com eles por seus efeitos intoxicantes e analgésicos.
Com o tempo, foram surgindo outros derivados de ópio sintéticos ou semissintéticos, que incluem fentanil, metadona, oxicodona e hidrocodona. Muitos são usados até hoje na medicina por agirem contra fortes dores em pacientes de câncer, fraturas, e diversas outras doenças.
Qual a diferença entre o ópio e os sintéticos?
Os opiáceos são substâncias obtidas através do ópio, substância em seu estado natural, colhida das papoulas, da maneira que já mencionamos. Mas os opiáceos podem ser naturais, quando não sofrem nenhuma modificação (morfina, codeína), ou semissintéticos quando são resultantes de modificações parciais das substâncias naturais (como é o caso da heroína, obtida da morfina através de uma pequena modificação química).
O ser humano, em laboratórios, foi capaz de imitar a natureza fabricando diversas novas substâncias com ação semelhante à dos opiáceos: meperidina, o propoxifeno e a metadona são alguns exemplos. Estas substâncias totalmente sintéticas são chamadas de opioides (isto é, semelhante aos opiáceos). Todas elas têm um efeito analgésico e hipnótico, causando sono.
Além de diferenças químicas, as substâncias também são fisicamente diferentes entre si, e podem ter efeitos diversos. O ópio é similar a um alcatrão, preto e pegajoso, que é o látex (seiva) da papoula do ópio. Ele contém mais de uma dúzia de outras substâncias, sendo as principais:
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Morfina;
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Codeína;
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Tebaína;
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Papaverina.
Esses produtos químicos não funcionam todos da mesma maneira. A tebaína, por exemplo, é um estimulante, diferente das demais, que causam sonolência e letargia.
Já a heroína faz parte dos opiáceos semissintéticos, criada a partir da morfina. Seus efeitos são semelhantes aos da morfina, apenas mais fortes. Os efeitos da heroína e da morfina são bastante diferentes do ópio em seu estado puro, por causa da mistura de produtos químicos encontrados no ópio natural.
Atualmente, um dos maiores pontos de atenção em países que enfrentam crises por uso epidêmico de opiáceos é o fentanil. Ele é talvez o mais conhecido dos opioides sintéticos, uma vez que foi amplamente pesquisado e é uma das únicas substâncias aprovadas para uso sob prescrição. Descoberto na década de 1960, o fentanil era usado apenas para cirurgia, mas seu uso clínico se expandiu nos anos 90, quando um adesivo de pele de liberação prolongada foi desenvolvido como tratamento para dor crônica. Suas doses devem ser baixíssimas, já que é extremamente potente, e pode ser fatal para usuários desavisados – como foi o caso do Mac.

Quais são seus principais efeitos?
Assim como já foi falado, os opiáceos geralmente são usados por suas propriedades analgésicas, que são sentidas por uma diminuição na atividade cerebral. As diferenças entre eles são experimentadas mais em um sentido quantitativo: enquanto algumas funcionam em pequenas dosagens, outras precisam de uma maior quantia para produzir a sensação desejada.

Na medicina, existe uma tabela específica para medir essas dosagens:
Para algumas drogas, a dose necessária para este efeito é pequena, como é o caso da morfina, da heroína e do fentanil, cujas dosagens devem ser extremamente baixas para que não haja riscos. Em outras versões, por sua vez, é preciso que as doses sejam de cinco a dez vezes maiores para produzir os mesmos efeitos, como a codeína e a meperidina.
Algumas drogas podem ter também uma ação mais específica, por exemplo, de deprimir os acessos de tosse – como é o caso da codeína. Outras podem levar a um estado de dependência mais facilmente que as outras, como é o caso da heroína.
Além de deprimir os centros da dor, da tosse e a vigília, todas estas drogas em doses um pouco maior que as usadas pelo médico acabam também por deprimir outras regiões do nosso cérebro, como por exemplo as que controlam a respiração, os batimentos do coração e a pressão do sangue. Quem utiliza essas substâncias sem prescrição médica geralmente procura efeitos característicos de uma depressão geral do cérebro: um estado de torpor, um isolamento das realidades do mundo, uma calmaria onde realidade e fantasia se misturam, um sonhar acordado, ou um estado sem sofrimento.
Como as drogas se tornaram o que conhecemos?
O ópio é muito importante para entendermos como o termo “droga” mudou ao longo do tempo, e a nossa percepção sobre as substâncias também. A palavra deriva do termo holandês “droog”, que, segundo o incrível professor e historiador Henrique Carneiro, era usada nos séculos XVI a XVIII para se referir a produtos secos, ou seja, ao conjunto de ervas e outras substâncias naturais usadas tanto na alimentação quanto na medicina.
Na época, o domínio político e econômico dessas substâncias era fonte de riqueza e poder. As especiarias impulsionaram o “descobrimento” das Américas. A produção de cana de açúcar e derivados provocou o boom na escravidão moderna. Chocolate e tabaco também foram explorados e monopolizados por setores do clero. Já o ópio causou duas guerras, da Inglaterra contra a China, motivadas pelo desejo de livre comércio.
O proibicionismo, desde o início do século XX, também tem motivações econômicas. Ele é um instrumento usado para controle de povos. Afinal, por quais razões são permitidas as utilizações de tantas substâncias, como o álcool, o café e o açúcar, e vetadas as de outras, como a cannabis, a coca, e mesmo cogumelos, que são sagrados para tantos?
Elas são instrumentos para combater não apenas as dores físicas, mas também as psíquicas, e por isso são, desde os primórdios da civilização, parte da cultura e da religião, simbolizando divindades e agindo como “alimento espiritual”. Em tempos de dor, como os atuais, elas se tornam uma espécie de “bengala” para apoiar quem sofre. A proibição, assim, atua apenas como uma forma de invisibilizar tanto os usos quanto os usuários, até o momento em que se explodem as crises e somos obrigados a lidar com o resultado da falta de informação, acompanhamento e diálogo.
A crise das overdoses na América do Norte
Por muitos anos, os Estados Unidos conseguiram esconder o que é, segundo o próprio Departamento de Estado americano, a pior crise de drogas desde os anos 80. Uma das maiores diferenças (e talvez a chave para entendermos porque o país resolveu lidar com isso às escuras) é que, agora, o perfil do usuário mudou: são, em sua maioria, brancos residentes de bairros de classe média. Quando os maiores atingidos não são parte de minorias e grupos marginalizados, a abordagem truculenta também não é mais opção, deixando ainda mais escrachado o problema de uma sociedade tão racista.
Além de abrir os olhos de muitos para o óbvio, a crise se torna cada vez mais alarmante por conta de seus dados.
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Quase 64.000 pessoas morreram de overdose de drogas em 2016, um aumento impressionante de 22% em relação ao ano anterior.
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Quase dois terços das mortes em 2016 (66%) envolveram opioides receitados ou ilícitos.
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Desde 2010, as taxas de mortalidade por overdose de heroína mais do que quadruplicaram.
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Aumentos recentes na mortalidade são causados por opioides sintéticos como o fentanil – mortes por opioides sintéticos mais do que dobraram de 2015 a 2016.
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Pessoas de 25 a 44 anos têm as taxas de mortalidade mais altas.
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As mortes por overdose estão aumentando entre os grupos raciais, mas os brancos não-hispânicos têm as taxas mais altas de morte.
“Quase meio milhão de americanos morreram de overdose na última década, e dados preliminares sugerem que outras 69.000 pessoas morreram em 2019. A epidemia de opioides foi declarada uma emergência nacional no país em 2017, mas o governo não dá o amparo necessário para que as organizações possam tomar atitudes abrangentes. De acordo com especialistas, para reverter a situação, seria necessário investir cerca de US$50 bilhões por ano. A Casa Branca destinou apenas US$7,4 bilhões em 2018.”
Trecho retirado de nosso texto “A CANNABIS COMO PORTA DE SAÍDA DE OUTRAS DROGAS”
Nessa estatística, entram dezenas de famosos, como Mac Miller, o cantor Prince, o ator Philip Seymour Hoffman, e outros que sobreviveram às suas overdoses, como a cantora e atriz Demi Lovato e a estilista Nicole Richie. Muitos acabam começando o uso de forma legal, mas acabam em uma relação de dependência com a substância, que, devido à tolerância criada pelo corpo, acaba sendo tomada em doses cada vez maiores para conter as crises de abstinência.
E a pandemia não deixou nada disso mais fácil de se tratar. Mais de 81.000 mortes por overdose de drogas ocorreram nos Estados Unidos de maio de 2019 até maio de 2020, o maior número de mortes por overdose já registrado em um período de 12 meses, de acordo com dados provisórios recentes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Embora as mortes por overdose já estivessem aumentando nos meses anteriores à nova pandemia de doença coronavírus (COVID-19) de 2019, os números mais recentes sugerem uma aceleração das mortes por overdose durante esse período.
Isso não acontece só nos Estados Unidos. Por exemplo, o fechamento da fronteira entre o país e seu vizinho Canadá interrompeu as cadeias de suprimento de medicamentos, aumentando a toxicidade dos medicamentos e as concentrações extremas de fentanil. As medidas de distanciamento social e isolamento, em combinação com o acesso reduzido a locais de consumo supervisionado e cuidados de saúde, aumentaram o número de mortes relacionadas a opiáceos em terras canadenses. Em British Columbia, epicentro da crise no país, morreram de overdose 1.548 pessoas até novembro de 2020.
A própria cannabis, junto a medicamentos como a metadona e a buprenorfina, é usada como um tratamento alternativo para as síndromes de abstinência causadas pelos opioides. Em estudo, pacientes que fizeram uso do canabidiol (CBD) mostraram ter menos efeitos negativos à exposição às drogas em relação aos que receberam placebo, com diminuição na ansiedade e na própria vontade de utilizá-la.
Tudo isso, por bem ou por mal, ajudou a fortalecer as estratégias de Redução de Danos, com a criação de diversos centros específicos para a prevenção a overdoses. Ainda falta muito, mas os primeiros passos estão sendo dados.

Estratégias para lidar com a Crise de Overdoses
Com todos esses dados já mostrados, é possível perceber o quanto o proibicionismo é um grande potencializador da crise – afinal, por conta dele, fica ainda mais difícil que os usuários saibam o que estão usando. Assim, ficam expostos a diversos riscos, como a compra de drogas adulteradas com substâncias perigosas, que facilmente podem levar à óbito. Nesse contexto, entram os centros de prevenção à overdose. Eles não são exatamente uma novidade, mas são uma das apostas da Drug Policy Alliance para reduzir e acabar com esse grande problema. O grupo, com foco na Redução de Danos, tem cinco passos principais para cumprir esse objetivo:
1. Centros de prevenção à overdose
Os centros de prevenção à overdose também são conhecidos como locais de consumo supervisionado. Eles oferecem ambientes esterilizados e controlados para que as pessoas usem medicamentos pré-obtidos sob a supervisão de profissionais treinados que podem intervir em caso de overdose ou outras complicações. Eles também fornecem cuidados de saúde, aconselhamento e encaminhamento para serviços sociais e de saúde, incluindo tratamento de drogas. São uma maneira comprovada de reduzir mortes acidentais relacionadas ao consumo de opiáceos e outras drogas, além de promover uma quebra de estigma em volta do usuário.
2. Testagem de drogas e fornecimento seguro
Uma das heranças o proibicionismo é não termos o controle de qualidade das substâncias que são compradas através do mercado ilegal. Um dos motivos dos aumentos recentes nas mortes por overdose são causados por opioides sintéticos como o fentanil, que são misturados à heroína. A maioria dos usuários não está ciente de que seus medicamentos podem conter essas substâncias, o que pode levá-los a overdoses acidentais.
As tiras de verificação de fentanil, originalmente projetadas para testes de drogas na urina, agora estão sendo usadas para testar a presença ou ausência de aditivos. Quando as pessoas estão cientes da presença de fentanil em sua substância a ser consumida, podem optar por não usá-los, usar mais lentamente ou usar com outras pessoas que tenham naloxona – um medicamento usado para reverter as overdoses.
3. Programas de educação sobre drogas mais abertos
Dizer aos adolescentes “Apenas diga não” às drogas não funciona, e a gente pode ver isso (afinal, aqui temos o nosso PROERD). Ao contrário de programas exclusivamente de abstinência, o programa de educação sobre drogas da DPA, o Safety First (Segurança Em Primeiro Lugar), é baseado na filosofia de Redução de Danos. Ele foi projetado para promover conversas abertas e honestas sobre drogas e riscos relacionados, como overdose, entre adolescentes, educadores e pais.
4. Menos barreiras às terapias com metadona e buprenorfina
A metadona e a buprenorfina são medicamentos usados para fazer a terapia de substituição e ajudar na dependência opioides. Essas terapias podem reduzir o risco de morte por overdose pela metade – mas o estigma associado ao uso de drogas bloqueou a adoção generalizada de opções de tratamento que salvam vidas como essas.
Nos Estados Unidos, as substâncias só podem ser acessadas em Programas de Tratamento de Opioides (OTPs) licenciados pelo governo federal, e a maioria dos pacientes deve comparecer a esses programas até seis dias por semana para receber sua medicação. Isso apresenta enormes barreiras para as pessoas que vivem em comunidades rurais e em áreas com acesso limitado a transporte. Por isso, a luta pela universalização e facilitação desses tratamentos é constante.
5. Descriminalização de todas as drogas
A cada ano, há mais de 1,6 milhão de detenções por drogas nos EUA, a maioria apenas por porte. Sabemos que o proibicionismo é um dos maiores responsáveis pelos problemas que enfrentamos com drogas, pela sua abordagem punitivista e criadora de desinformação. A descriminalização, no entanto, priorizaria a saúde e a segurança das pessoas que usam drogas em vez da punição. Também reduziria o estigma associado ao uso de drogas, de modo que mais pessoas sejam encorajadas a sair das sombras e buscar tratamento e outros apoios.

E como isso funciona na vida real?
Como já contamos aqui no site, em 2017, a GG conheceu de pertinho o trabalho da Overdose Prevention Society (OPS), que tem em um braço um projeto chamado High Hopes. Nele, buscava-se oferecer produtos canábicos acessíveis, ou até mesmo de graça, para canadenses, como uma alternativa aos opiáceos. Além disso, o centro busca prover residência, alimentação, roupas, educação e conscientização aos frequentadores, cumprindo também todos os passos que descrevemos acima.
Tanto Alice quanto Lorraina já trabalharam nos locais e puderam entender melhor como todas essas alternativas não-punitivas fazem a diferença na vida dos usuários, que podem conversar com pessoas qualificadas, recebendo mais segurança sem julgamentos. No Canadá, onde ficam os centros de prevenção ligados à OPS, as pessoas recebem notificações pelos celulares, como o Amber Alert americano, para que evitem o consumo.
É interessante compartilhar essas informações e trazer ainda mais à tona esse debate, que coloca a Redução de Danos como uma saída aos problemas causados até hoje pelo proibicionismo. O comércio ilícito promovido por ele tira vidas não apenas aqui no Brasil, com toda a “guerra ao tráfico”, mas no mundo inteiro, e precisamos entender que o que estamos enfrentando são justamente as consequências de uma proibição extrema, fatal e permeada por propaganda e desinformação.
Nós, do Girls in Green, não estamos aqui para incentivar o uso indiscriminado de qualquer substância. Muito pelo contrário: estamos aqui para abrir os olhos e mostrar que cada substância possui seus riscos, e não queremos de nenhuma maneira que eles sejam assumidos de forma cega. As informações devem ser reais, livres de julgamento, para que cada um possa ter consciência e tomar cada decisão. Afinal, a Redução de Danos é sobre isso. Queremos todos aqui, bem, e juntos, para espalharmos cada vez mais o que descobrimos nessa jornada pelo conhecimento.
E Mac, rest in peace. Esse post vai do coração da redatora para esse grandíssimo cara, que ainda poderia estar aqui entre nós se fosse pela RD.
Que matéria incrível, obrigada por toda informação !
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