É nesse concentrado que a magia acontece! Entenda os diferentes tipos de haxixe e porque essa massinha cheia de canabinoides e terpenoides vem ganhando tanto espaço na cultura canábica.
Nem só de flores vive a galera canábica: o haxixe é a escolha feita por muitos que querem degustar diferentes formas de consumir cannabis. Além de ser uma possível experiência para degustar o famoso terroir da ganja, como em vinhos bons, essa resina mágica apresenta o potencial da planta concentrado em uma pequena bolinha.
Feito através de diferentes técnicas com o objetivo de separar os tricomas (aquele cristalzinho brilhante) presentes na planta do restante da matéria vegetal, o haxixe é, nada mais nada menos, do que uma massinha de canabinoides e terpenoides. É nesse concentrado de tricomas que a magia acontece.
Atualmente, o mercado regulado de alguns países já abriram as portas para explorar o mundo das extrações e diferentes tipo de haxixe. Mas o passado dessa substância é extenso – podendo ser traçado desde o século 18 pelas culturas ocidentais, e até mesmo antes em rituais religiosos, como uma medicina, uma droga mística e até mesmo afrodisíaca. As diferentes terras, ambientes, variedades de plantas de cannabis e formas como são manejadas (cultivo, secagem, maturidade) oferecem uma gama enorme de como esse amontoado de tricomas poderá ser. Existem haxixes de todas as cores: marrom, preto, vermelho, amarelo, e até branco, com as novas tecnologias norte americanas.
Em sua extensa variedade, acreditamos na importância de saber diferenciar as extrações e hashish – principalmente dentro do mercado irregular. Sabemos o quanto é difícil de confiar nas informações passadas, mas, com os olhos e o nariz treinados, vocês não vão cair na lábia de ninguém! Por sorte, com a cannabis, diferentemente de outras substância, basta usarmos nosso senso visual, olfativo e tato para saber muito sobre a qualidade.
O hashish tem um passado extenso, mas, no mundo moderno, com o aumento da tecnologia, desenvolveram-se novas formas para conseguir isolar os canabinoides da matéria vegetal (os contaminantes do hash). Essas técnicas podem ser divididas em 2 grandes grupos: as que usam SOLVENTES para essa separação e as que NÃO usam.
Não é novidade que nós, do Girls in Green, damos sempre preferência a extrações e hashish que foram feitos sem o uso de solventes: afinal, porquê utilizar de técnicas que precisam de solventes enquanto temos outras que precisam apenas de água e gelo, ou mesmo apenas telas?As extrações sem solventes são mais naturais, limpas e seguras, e, por si só, já reduzem danos.
Nem por isso vamos deixar de abordar as extrações feitas com solventes, como o famoso BHO (óleo feito com butano). Sabemos que para reduzir danos, nada melhor do que darmos informações de qualidade para uma tomada de decisão consciente e responsável.
Aqui no site, já falamos bastante sobre o hash, mas é uma das temáticas sobre a qual mais recebemos perguntas todos os dias no Instagram. Dessa forma, nos unimos com a nossa Smartshop favorita para discorrermos sobre esse assunto e esclarecer o máximo possível para todes. No site deles, que pode ser acessado por esse link, vocês poderão encontrar os materiais necessários para poder fazer extrações em casa!
Estão pronteeees?
Extrações sem solvente
As nossas queridinhas são parte de uma categoria que exerce a separação MECÂNICA das cabeças de tricoma, isso é, não utilizam solventes em nenhum de seus processos. Geralmente, são separadas com telas ou bolsas de micragens distintas e utilizam apenas diferentes combinações entre pressão, temperatura e água. É mais seguro – e também ajuda na redução de danos!
Principais tipos de hash sem solvente:
Bubble Hash:
O bubble hash (famoso ice-o-lator) é feito utilizando apenas bolsas de filtro (como as Bubblebags, que podem ser encontradas neste link), água e gelo. Como os canabinoides não são solúveis em água, a agitação do material, seja flores ou mesmo trim, é o suficiente para separar os tricomas das plantas. Os tricomas ficarão soltos na água durante a lavagem, e, após o final de cada ciclo, serão coletados nas bolsas de filtragem. Está complicado imaginar isso? Então dê uma olhadinha no pequeno tutorial que montamos com nossos parceiros da Overgrow Shop: “Mini Tutorial de como fazer Bubble Hash”.
Querem saber uma curiosidade sobre nosso hashish queridinho? O bubble hash, quando aquecido, borbulha! Isso também é um sinal de controle de qualidade: quando borbulha e derrete é crema, e quando pega fogo e fica mais escuro, é sinal que existe maior contaminação de matéria vegetal.
Obs.: existe uma grande questão no universo do hashish onde alguns alegam que a água é um solvente. Sim, nós sabemos que a água é um solvente, mas, nesse caso, ela não está sendo utilizada como um solvente – apenas como uma ferramenta.
Dry Sift
O dry sift, ou dry hash, leva esse nome por conta de seu processo (dry sift é, literalmente, peneirar à seco). A matéria prima é agitada e é peneirada em telas com malhas bem finas, que separam as cabeças dos tricomas por diferentes micragens e resultam em um material de textura granular. Alguns dos seus principais benefícios são resultados do processo artesanal e livre de químicos, que preserva um perfil de terpenos diferenciado; alta potência e qualidade; e ainda dá uma capacidade de derreter e vaporizar por completo se for bem feitinho!
Essa é uma das formas mais tradicionais para fazer haxixe utilizada pela cultura ocidental. Até hoje, países como o Marrocos suprem grande parte da demanda mundial do tráfico de haxixe (até mesmo para países com tolerância no uso de cannabis, como Holanda e Espanha, acreditam?).
As mais diversas técnicas foram usadas para produzir o haxixe no Marrocos, Líbano e os Himalaias – para quem se interessar, é possível mergulhar nessa temática em livros como: “The Great Book of Hashish” ou mesmo o livro “Hashish!” de Robert Connell Clark.
Flower Rosin
Essa é uma das formas mais fáceis de se fazer um concentrado de forma simples, rápida, barata e segura dentro de casa. Apenas o calor e a pressão são utilizados para separar os canabinoides do restante da matéria vegetal. Existem formas bem rudimentares de fazê-la, como com o uso de papel vegetal, bolsas de filtragem e chapinha (sim, a chapinha de cabelo!), e existem estratégias mais tecnológicas, como com prensas, mais conhecidas como rosin press, que possibilitam a regulação da pressão e temperatura.
Hash Rosin
O processo é basicamente o mesmo que o feito para obter o Flower Rosin, com uma diferença: ao invés de usar a flor, você usa o próprio hashish. Assim, você basicamente tem uma refinagem dupla. Se bem feito, ele dá origem a um hash de altíssima qualidade!
Nós, do Girls In Green, fizemos um experimento prensando um haxixe marroquino e vendo o que saía disso! Bateu a curiosidade? Deem uma olhadinha aqui nesse link do nosso IGTV.
Extrações com solvente
Processos com solventes utilizam outras substâncias químicas para separar os tricomas do resto da planta. Algumas das principais utilizadas são o CO2, butano, o álcool de cereais e o propano, mas existem várias outras.
Tais métodos oferecem dois riscos: para quem faz, o risco está em lidar com materiais altamente inflamáveis ou explosivos; para quem usa, o risco está em possíveis sobras de solvente no hash. Quem utiliza esse método deve ter muita atenção ao purgar o solvente e deixar o hashish 100% puro e limpinho.
Esse na foto é um hash da @bamf_extractions, tirada em 2017 na Califórnia. O hash maker brasileiro já levou inúmeros prêmios para casa com as suas extrações, e é uma das poucas pessoas que nós ainda damos chance na hora de fumar alguma extração com algum solvente.
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Muito cuidado! Se você decidir fazer em casa, escolha um ambiente arejado e faça com os materiais corretos! É sempre bom assistir tutoriais no Youtube para garantir a segurança de todes (sim, muitos casos de explosões durante a produção caseira de, por exemplo, BHO – extração feita através do butano). Sem eles, você estará colocando a sua vida (e a de outras pessoas) em perigo.
Os resultados
Extraído através de diferentes processos, a qualidade e a potência do hash dependem não apenas da extração, e sim de todo o processo de plantio da cannabis. Se a matéria-prima é de primeira, maior é a sua concentração de canabinoides e terpenoides – justamente as substâncias que mais queremos encontrar.
O hash pode ser macio e flexível, ou rígido e quebradiço. Pode ser branco, avermelhado, preto, marrom, ou amarelado. Ele é tão variado e cheio de especificidades quanto a nossa amada cannabis, e essa é uma das razões pela qual a gente gosta tanto dele.
Efeitos do hash
Atualmente, com o avanço da tecnologia, podemos encontrar até mesmo cristais de canabinoides concentrados com 99,9% de THC. Esse não é o tipo de haxixe comercial, mas evidencia que como em tudo que é proveniente dos tricomas existe uma maior concentração de canabinoides do que quando comparado à uma flor.
Os efeitos do consumo de haxixe podem ser muito mais intensos do que Florzines de cannabis. Por isso, para pessoas com pouca experiência ou pouca tolerância que tomarem a decisão do uso, começar aos poucos e esperar ir batendo é uma ótima ideia. Que tal um peguinha e observar como o seu corpo reage?
Como ele é consumido normalmente?
Existem as mais diversas maneiras de consumir o hash e suas variedades, e elas podem depender bastante do tipo que você escolher! É possível misturar um pouco dele com a própria erva, com flores, com tabaco, e até com kumbayá e fumar em forma de um cigarro. Quando ele é mais líquido/oleoso, muita gente usa no beck já fechado, como uma “cobertura”, digamos assim. Bongs, pipes ou vaporizadores são perfeitos para quem quiser eliminar o processo da combustão como estratégia de Redução de Danos. É questão de preferência mesmo, e só experimentando para saber qual vai se adaptar melhor ao seu jeito de consumir.
Nossa dica é, assim como a própria cannabis, consumir em vaporizadores ou bongs para a Redução de Danos – já que eles permitem chapar sem combustão. O hash também pode ser adicionado a manteigas e óleos para fazer comidinhas canábicas.
Para todos esses procedimentos, vocês poderão encontrar os materiais adequados na Smartshop! Independentemente de qual é o seu tipo de hash favorito: ele tem que ser feito de forma segura e com matéria de qualidade! Portanto, fique sempre de olho no que está usando – essa é a melhor dica para a Redução de Danos ao usar os canábicos e seus derivados.
Vale lembrar que o Girls in Green tem um cupom de desconto de 15% em toda a loja virtual!
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gig15off
FONTES
https://blog.mapadamaconha.com.br/2019/07/23/haxixe-o-que-e-como-usar-variedades/
https://maryjuana.com.br/2012/04/titia-explica-o-que-e-haxixe/
https://www.growroom.net/o-que-e-haxixe-e-como-fazer-extracoes-de-maconha/
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