Cultura

Conheça 7 atletas que usam maconha

Embora o mito de que a maconha deixa as pessoas preguiçosas seja muito difundido, existem usuários famosos justamente pela excelência nos esportes! Vem conhecer alguns deles com a gente.

É, a gente sabe que existe muita gente que usa a maconha em seus momentos mais relax. Mas também existem usuários e usuárias que consomem a plantinha justamente para dar um gás nos seus treinos, ou para ajudar a aliviar desconfortos provocados pela prática esportiva. Sim: a cannabis pode ser uma ótima aliada para os atletas — sejam amadores ou profissionais!

Como já contamos em nosso artigo sobre cannabis e esporte, pesquisas apontam que ela conta com propriedades que auxiliam na recuperação muscular, agindo contra dores e inflamações. Além de tudo, a plantinha é conhecida por diminuir a ansiedade de muitos dos usuários, o que é ótimo para os atletas que performam para grandes públicos e sofrem por essa exposição. 

O grande problema é que, por conta do proibicionismo, ela ainda é mal vista perante muitos dos órgãos regulatórios. Por isso, muitos atletas que fazem uso da substância preferem esconder para não sofrer com represálias, perdas de patrocínio ou até mesmo suspensões. 

Ainda assim, temos alguns esportistas corajosos que já admitem e falam abertamente sobre o consumo da cannabis. Aqui, vamos mostrar a vocês alguns deles. Vem com a gente!

Megan Rapinoe, futebol feminino

Megan Rapinoe, jogadora de futebol ostenta seus troféus no campo de futebol
Megan Rapinoe foi campeã mundial e eleita melhor jogadora do planeta

Vamos começar com uma mina foda demais? A Megan Rapinoe é medalhista olímpica, duas vezes campeã mundial e foi eleita a melhor jogadora de futebol do mundo em 2019. Ícone na luta feminista e pelos direitos da população LGBTQIA+, ela também fala abertamente sobre como usa o canabidiol (CBD) para melhorar a sua qualidade de vida dentro e fora dos campos.

Desde 2019, ela é patrocinada pela Mendi, empresa de cannabis medicinal de sua irmã Rachael Rapinoe.

Megan contou para a Forbes que o CBD se tornou um dos principais agentes da sua recuperação, ajudando com dores e inflamações, com a estabilização do humor e até regulando seu sono. De acordo com ela, é bem clara a redução nos níveis de estresse e ansiedade com o uso da substância.

Ela foi bastante criticada após o banimento de Sha’Carri Richardson das Olimpíadas de Tóquio no ano passado pela presença de THC no seu sangue. Entretanto, é importante lembrar que a Agência Mundial Antidoping (WADA) tirou apenas o CBD da lista de substâncias proibidas aos competidores, em 2018 — enquanto o THC continua banido. Dois pesos e duas medidas, né?

Bob Burnquist, skate

Bob Burnquist no half de skate
Bob Burnquist é o embaixador brasileiro do skate e um forte militante pela legalização da maconha

Bob Burnquist, além de ser um dos maiores nomes do mundo quando o negócio é skate, é um forte militante pela legalização da maconha. Em entrevistas diversas e nas suas redes sociais, ele defende a posição, destacando que a erva não deveria estar na lista de substâncias proibidas pela WADA.

Em uma de suas postagens, Burnquist conta que já quebrou 37 ossos e articulações, e que o óleo de CBD foi uma das principais armas contra a dor. Para ele, a planta traz uma alternativa muito mais natural aos opioides e opiáceos, como morfina e codeína, muito prescritos para atletas lesionados e que podem causar diversos problemas sérios — que vão da “dependência” até a overdose. 

Bob também lembrou, em suas redes sociais, que os estados americanos que liberaram o uso terapêutico da planta tiveram uma queda de 24,8% no número de mortes decorrentes do uso de opioides. O skatista frisa que isso é uma medida irônica e hipócrita, principalmente na visão de quem têm “amigos viciados em analgésicos do tipo”.

Bora, Bob! A gente conta com você.

Irmãos Diaz, MMA

Nate Díaz fumando durante preparação para luta de MMA
Nate Díaz fumando durante preparação para luta Fonte: ESPN/ Kevork Djansezian/Zuffa LLC

Os irmãos Diaz, Nate e Nick, são conhecidíssimos não apenas como lutadores de MMA, mas também pelo seu amor pela cannabis. Abertamente usuários da plantinha por mais de uma década, eles são famosos por vaporizar imediatamente após as lutas e até mesmo diante das câmeras, durante as coletivas de imprensa. 

Ambos usam sua visibilidade para naturalizar o uso da planta, combater estigmas e advogar a favor de seus benefícios (e não apenas para atletas). Além de diversas parcerias, eles lançaram juntos a empresa GameUp. Através dela, os irmãos oferecem uma gama variada de produtos, que vai desde suplementos alimentares até pre-rolls (becks enroladinhos e prontos para consumir) de CBD.

Infelizmente, como o mundo dos esportes ainda é bem careta, Nate e Nick enfrentaram multas e até foram suspensos por seu consumo de maconha. Mas ambos estão ensaiando o comeback para esse ano de 2022!

Mike Tyson, boxe

Mike Tyson beijando um bud de maconha
Mike Tyson, lenda dos ringues, que deu a volta por cima graças à nossa amada plantinha Fonte: smokebuddies

É inegável: Mike Tyson é uma lenda dos ringues. Após passar por vários problemas, como a perda de uma filha de apenas quatro anos e de praticamente toda sua fortuna, ele se recuperou e deu uma grandíssima volta por cima graças a ela: a nossa amada maconha!

Desde 2016, o ex-campeão dos pesos-pesados passou a investir no mercado da cannabis. Hoje, ele conta com os mais diversos empreendimentos no ramo. O Tyson Ranch, com sede na Califórnia, produz flores, extrações e comestíveis canábicos — incluindo as gummies em formato de orelha. Sim, o cara é um mestre do marketing.

Segundo o pugilista, em 2020, sua empresa chegou a gerar um milhão de dólares por mês. 

Seus planos são lançar resorts e spas canábicos, além de criar um festival tipo o Coachella da cannabis e fundar cursos de plantio para quem também deseja aprender mais sobre a plantinha. Outro foco são os produtos terapêuticos, incluindo uma linha pensada especialmente para recuperar pessoas dependentes de opioides e opiáceos.

Eugene Monroe, futebol americano

O jogador Eugene Monroe em pose pensativa segurando uma folha de maconha
O jogador Eugene Monroe é um grande defensor da maconha e ainda alerta sobre os perigos dos opióides. Fonte: ESPN

Em 2016, o jogador Eugene Monroe se tornou o primeiro membro ativo da National Football League (NFL) a defender publicamente o uso da maconha para tratar lesões e dores crônicas em atletas. Em um artigo do New York Times, ele alertou para os perigos dos remédios à base de ópio e pediu para que a liga parasse de testar e punir os jogadores pelo uso de cannabis.

Além disso, ele doou US$ 80.000 ao Realm of Caring, um grupo do Colorado que trabalhou com a Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins para estudar o impacto da maconha medicinal em lesões cerebrais traumáticas e encefalopatia traumática crônica, uma doença cerebral degenerativa ligada a repetidos golpes na cabeça.

Ele se aposentou no mesmo ano.

Após deixar os campos, Monroe se dedicou a aumentar a conscientização sobre os benefícios medicinais da cannabis. Hoje, ele é membro da HealthyUNow, Athletes for CARE e Green Thumb Industries (GTI), uma instituição de pesquisa, cultivo e dispensário.

Que homem!

Daniel Chaves, maratona

O maratonista Daniel Chaves tomando óleo de cannabis
O maratonista Daniel Chaves faz tratamento com canabinóides Fonte: O Globo/ Pablo Jacob

O maratonista brasileiro Daniel Chaves tem uma história de superação envolvendo o uso terapêutico de cannabis. Diagnosticado com síndrome bipolar depressiva, foi no CBD que o atleta encontrou alívio para suas questões emocionais e psicológicas — que chegaram a envolver uma tentativa de suicídio.

Ao se tratar com o óleo fornecido por uma associação de Brasília, ele voltou a treinar e se classificou para as Olimpíadas de Tóquio, que aconteceram no ano passado. De acordo com ele, foi isso que o ajudou a se estabilizar o suficiente para voltar ao esporte, que é sua paixão. Ele contou para a revista Piauí que é a prova viva de que a cannabis, administrada da forma correta, pode trazer inúmeros benefícios.

Kareem Abdul-Jabbar, basquete

Kareem Abdul-Jabbar, ex jogador de basquete em pose com uma bola de basquete
Kareem Abdul-Jabbar, ex jogador de basquete Fonte: livetalksla

Kareem Abdul-Jabbar marcou mais pontos do que qualquer outro jogador na história da Liga Nacional de Basquete dos Estados Unidos (NBA). Ele conta, em sua autobiografia de 1983 intitulada “Giant Steps”, que já fumou muita maconha e que, por muito tempo, só se relacionava com pessoas que usavam a substância.

Por muito tempo, ele usou a plantinha para tratar seus episódios de enxaqueca — que provocam dores intensas e náusea. 

Abdul-Jabbar foi preso por porte de maconha em um aeroporto de Toronto em 2002. Agora, 20 anos depois, a cannabis é legal para uso medicinal e adulto em todo o Canadá. A Terra não gira, ela capota.

E aí, gostou de saber dessas histórias? Esperamos que elas sirvam de inspiração e ajudem a conscientizar a galera. A maconha pode ser extremamente positiva, e seus efeitos também dependem muito da relação que criamos com ela.

Não esquece de seguir a gente lá no Instagram @girlsingreen710 para saber ainda mais sobre essa plantinha tão especial!

Até a próxima!

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