Você já ouviu falar da Campanha Repense? Se a resposta for não, não deixe de ler um pouco mais sobre ela com a gente hoje.
Em 2014, foi lançada a primeira ação da Repense, com o curta Ilegal que trouxe ao público informações sobre o uso terapêutico da planta. Agora, em 2019, sete associações se juntaram para desenvolver um documento com dados atuais do mercado da cannabis, argumentos do porquê regulamentar e como as leis funcionam em outros países, para ampliar o debate sobre o assunto.
Nos últimos meses, a cannabis tem protagonizado diversos debates na sociedade brasileira, especialmente na Anvisa, que abriu consulta pública sobre a regulamentação do uso e produção medicinal da planta. No Legislativo, já tramitam projetos de lei sobre isso.
Conheça a REPENSE
Feita a partir de crowdfunding, a Campanha REPENSE é um coletivo de profissionais que buscam levar à população brasileira mais informações sobre a cannabis, principalmente medicinal, e como seu uso pode ser benéfico para diversos fins.
De acordo com eles, são mais de 600 mil brasileiros que podem se beneficiar, usando a erva como forma de amenizar tipos de epilepsia sem tratamento. A cannabis ainda é comprovadamente eficaz para aliviar náuseas e vômitos em pacientes de câncer que fazem quimioterapia, e alivia também os sintomas da esclerose múltipla, uma doença grave e sem cura.
Estas são apenas algumas das aplicações medicinais da erva. Países como Canadá, Estados Unidos, Uruguai, Alemanha, Reino Unido, França e Israel já popularizaram esse tipo de terapia. No Brasil, quase ninguém sabe disso. Para os idealizadores da campanha, as centenas de milhares de pessoas que poderiam se beneficiar de um tratamento com ela só tem duas opções: continuar sofrendo ou usar a droga de forma ilegal.
Princípios da REPENSE
A visão apresentada pela Repense traz ao público alguns princípios necessários para uma regulamentação mais justa, ou como eles colocam: a “regulamentação que precisamos”. Separamos alguns deles aqui. Dá uma olhada:
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RETIRAR A CANNABIS SATIVA DA LISTA DE SUBSTÂNCIAS PROSCRITAS e permitir sua produção em território nacional para final terapêuticos e científicos, seguindo as convenções internacionais sobre o tema.
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Garantir a diversidade dos meios de produção da Cannabis para uso terapêutico, como o cultivo doméstico, o associativo e o comercial.
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Incluir a Cannabis sativa na Farmacopeia brasileira e enquadrá-la no formulário nacional de fitoterápicos.
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Permitir o acesso a todas as formas de apresentação do produto, desde a planta in natura às tecnologias mais modernas de administração de remédios.
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Proibir a publicidade e a propaganda de produtos de Cannabis para fins medicinais, a exemplo do que já ocorre com substâncias médicas de uso controlado.
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PROTEGER A SAÚDE PÚBLICA E A SEGURANÇA, PERMITINDO QUE OS PACIENTES TENHAM ACESSO À CANNABIS DE BOA QUALIDADE, DE MODO SEGURO E LÍTICA.
No total, são 14 princípios.
Quer saber mais? Clique aqui para acessar o site da Repense ou baixe aqui a cartilha deles!
Conhecer ações que visam garantir o amparo legal de usuários, seja da cannabis medicinal ou terapêutica, é fundamental para criar um diálogo mais embasado em todas as camadas da sociedade. Que tal começar essa mudança?