Se interessa pelo mundo dos psicodélicos ou adora uma psicodelia? Essa lista de filmes foi feita especialmente para você. Anota os nomes, faz a pipoca e vem com a gente nessa viagem!
Netflix and chill já virou um estilo de vida, e tem dias que é a única coisa que a gente quer fazer para relaxar e colocar as ideias em ordem. E, para quem ama uma psicodelia, o que não faltam são títulos incríveis para explorar em vários sentidos – seja para aprender mais sobre o assunto ou apreciar uma obra que vai fazer você viajar horrores.
Mas, para começar, o que é psicodelia?
O termo “psicodélico“ vem do grego psico, que significa “alma” ou “atividade mental”, e delo, que significa “visível”. Ou seja: psicodelia seria uma atividade mental, ou até astral, clara e evidente. Ele foi atrelado ao uso de substâncias como o LSD, o DMT e os cogumelos mágicos, que proporcionam viagens intensas e trazem essa expansão muito relacionada ao termo.
A partir dos anos 60, a psicodelia passou a ser muito explorada dentro da arte, como uma forma de expressão e exploração do mundo, da mente humana e até mesmo de outras dimensões. E a gente adora esse movimento! Para você que deseja entender um pouquinho mais sobre ele, apreciar um filme bem psicodélico para fazer a cabeça ou encontrar algo interessante para assistir enquanto “viaja”, fizemos essa lista com alguns de nossos títulos favoritos para isso.
Bora fazer pipoquinha e dar o play? Vem com a gente!
Planeta Fantástico

Essa animação, dirigida por René Laloux, mostra a relação do pequeno organismo humano Oms e seus opressores de pele azul muito maiores, os Draags, que é o governante do planeta de Ygam. Se parece doido é porque é! Desde seu lançamento, em 1973, ela inspirou muitas obras do mundo da música e do cinema experimental, e é considerada uma das mais influentes do seu gênero.
Os visuais são lindos e vibrantes, e a história é bem interessante: baseado no romance de Oms, de 1957, do escritor francês Stefan Wul, o longa traz uma alegoria incrível sobre racismo, direitos humanos e muitas outras temáticas ainda tão cruas nos dias de hoje. Envelheceu como vinho, né?
Enter the Void

Escrito e dirigido pelo argentino Gaspar Noé, Enter the Void não é só um filme de drama experimental – mas uma verdadeira obra de arte. Sua história gira em torno de um jovem traficante de drogas americano, Oscar, que é baleado pela polícia, mas continua a assistir ao que acontece depois em uma espécie de experiência fora do corpo. Filmado em primeira pessoa, ele flutua sobre as ruas da cidade de Tóquio e enxerga sua vida em uma perspectiva fantástica.
Descrito como “hipnótico” e “alucinógeno”, o filme foi lançado em 2009 e é aclamadíssimo pelos cinéfilos de plantão. A gente recomenda muito!
Alice no País das Maravilhas

Esse clássico da animação não podia faltar: afinal, quem é de tempos mais longínquos vai lembrar de como era surpreendente assistir as aventuras de Alice (geralmente perto do dia das crianças) no SBT. Além de toda a nostalgia, a história baseada no livro de Lewis Carroll traz cenas cheias de psicodelia, que combinam muito com uma viagem de ácido – fica a dica.
Reviva um pedacinho da infância e aprecie um dos melhores desenhos da Disney. Tem dias que a gente só precisa disso!
Easy Rider

Easy Rider foi um marco para o cinema: ele deu início a chamada Nova Hollywood, e foi um filme bem revolucionário para a época. A história segue dois motociclistas contrabandeando cocaína do México para Los Angeles. No caminho, eles fumam muita maconha e pegam uma carona hippie, que os convida para uma comuna de amor livre.
Da década de 1960, auge dos psicodélicos, o que não faltam são cenas envolvendo as substâncias. Em uma delas, a dupla toma LSD e vai para um cemitério. O diretor usa um jogo de câmera incrível para fazer com que o espectador se sinta dentro da viagem, com momentos de loucura e sanidade perfeitamente intercalados.
Yellow Submarine

O fab four pode ter dezenas de filmes, mas Yellow Submarine é, na nossa opinião, o único que importa (sorry, not sorry). E mesmo não sendo fã dos Beatles dá para entender: a animação, de 1968, não é apenas um marco musical, mas também visual. Com estilos que mudam aproximadamente a cada cinco minutos, esse longa acaba sendo mais surpreendente a cada vez que você assiste – o que o torna aquele tipo de filme confortável para o qual você vai querer voltar de tempos em tempos.
Com muita cor, vibração e psicodelia, Yellow Submarine é uma obra que traz toda a criatividade da banda aos dias atuais. E a gente duvida que, um dia, ela perca a sua grandeza. Perfeito para uma experiência sensorial psicodélica quase completa!
Fungos Fantásticos

“Como pode um documentário sobre cogumelos ser tão poético?” – é provavelmente o que você vai ficar se questionando depois de assistir Fungos Fantásticos, disponível na Netflix. Muito centrado na figura de uma de nossas maiores inspirações, o micologista Paul Stamets (que apresentamos em um texto bem completo por aqui), o filme não apenas nos leva a aprender coisas fascinantes sobre os fungos como também dá um show de fotografia.
Outros especialistas, como o jornalista e escritor Michael Pollan e vários pesquisadores de universidades que estudam a psilocibina, também vão deixar você boquiaberta(o) com tanta informação.
E beleza, ele não é necessariamente psicodélico, mas é incrível descobrir tanto sobre os cogus – que, como vocês já sabem, podem ser bem psicodélicos por si só. Por isso, ele é uma das nossas maiores recomendações por aqui.
Waking Life

Escrito e dirigido por Richard Linklater, Waking Life é um filme experimental perfeito para quem deseja filosofar e repensar questões mais profundas. O filme explora a natureza da realidade, sonhos, consciência, significado da vida, livre arbítrio, física quântica e outras temáticas existencialistas que vão render muita reflexão.
A animação de 2001 acompanha um jovem que vagueia por uma sucessão de realidades oníricas, e encontra uma série de indivíduos que se envolvem em discussões surpreendentes. O fluxo de informações pode ser bem intenso, então a gente recomenda assistir pelo menos uma vez sem a influência de psicodélicos para dar conta de entender tudo.
Pink Floyd – The Wall

Se você é fã do Pink Floyd (como nós aqui do site), não pode deixar de assistir esse aqui. Pink Floyd – The Wall, de Alan Parker, é muito mais do que apenas um deleite aos seus sentidos: o longa-metragem de psicodelia animada é cheio de drama e ação ao vivo. Misturando surrealismo com conceitos bem reais – que vão da guerra ao fascismo, ele explora a história de uma estrela do rock cheia de problemas. Gente como a gente, eu diria.
O que não faltam são cenas de tirar o fôlego, com visões apocalípticas e monstruosas. Se você é mais propensa(o) a bad trips, a melhor ideia pode ser assistir sóbria(o). O filme, de Alan Parker, é pesado e estranhamente atual.
Com Amor, Van Gogh

Alô, amantes da arte! Todo mundo conhece um pouquinho da história do pintor Vincent Van Gogh, um precursor do movimento expressionista e representante oficial dos artistas com almas torturadas – digamos assim. No filme Com Amor, Van Gogh, de 2017, um jovem chega à última cidade onde morou o pintor para entregar uma última carta, e acaba investigando seus últimos dias de vida.
Essa animação de tirar o fôlego é composta por frames pintados à óleo inspirados por Van Gogh, e vai deixar você de queixo caído não apenas pela beleza de cada cenário, mas também pela narrativa carregada de emoção. Ui, tô até arrepiada. Juro.
A Viagem de Chihiro

A Viagem de Chihiro é provavelmente a animação japonesa mais famosa do Studio Ghibli. Lançado em 2001, o longa é uma das obras mais lindas de Hayao Miyazaki – um prato cheio para quem ama aventura e fantasia. A história mostra Chihiro Ogino, uma menina de dez anos que se encontra em mudança com a sua família e encontra uma cidade encantada. Quando seus pais são transformados em animais por uma bruxa, ela precisa descobrir uma maneira de fazer as coisas voltarem ao normal.
A produção é, até hoje, a mais bem sucedida da história do cinema japonês, conquistando mais de 352 milhões de dólares mundialmente. Por lá, o filme desbancou até mesmo o Titanic como a maior bilheteria de todos os tempos. Ele ainda ganhou o Oscar de melhor filme de animação em 2003 – o primeiro e único cuja linguagem não é inglês a conquistar a façanha. Você vai se encantar, para dizer o mínimo.
E aí, curtiu essas dicas? Quais outras grandes obras da sétima arte você adicionaria aqui? Conta pra gente nos comentários e não esquece de nos seguir lá no Instagram @girlsingreen710. Lá, a gente mantém todo mundo atualizadíssimo nos últimos conteúdos e trazemos novidades exclusivas.
Até a próxima!
Boa a lista.
Na minha lista estão: Medo e Delírio em Las Vegas, Casino Royale de 1969, O Grande Lebowski, A vida e a morte de Peter Sellers, Tommy: The Who (1975), O Senhor dos Anéis de 1979, Até as vaqueiras ficam tristes (1993).
Bônus (que inclui algumas cenas): Perdidos na Noite (1969)